FICA AQUI A LISTA DOS RESTAURANTES ONDE COMEM OS POLITICOS ONDE LHES PAGAM ALMOCOS DE FAVORES DA CORRUPCAO
Restaurantes e políticos: As mesas onde se decide o futuro de Portugal
Restaurantes e políticos: As mesas onde se decide o futuro de Portugal
Há acordos e separações, pequenas e grandes traições e até governos que caem, à mesa do restaurante, de faca e garfo na mão. Os bastidores da política também passam pelas salas mais ou menos privadas da restauração nacional.
Por Fernando Brandão, com Paulo Brilhante
Desde sempre que os restaurantes andam de mãos dadas com a política. Em jantares oficiais ou em almoços de trabalho, a política nacional também se faz à mesa. Há estratégias afinadas antes das entradas, acordos brindados com vinhos e champanhes e derrotas amargas atenuadas com digestivos depois da sobremesa. Cada político tem um ou vários restaurantes onde se sente em casa. São tratados com discrição e, em muitas situações, já nem para a carta olham porque a casa sabe muito bem o que mais lhe agrada. Conheça a seguir os locais onde os políticos que vão a votos nestas eleições metem a cruz, na hora de escolher onde almoçar ou jantar.
Solar dos Presuntos
Não é grande segredo que esta casa, perto do Coliseu dos Recreios, na baixa da Lisboa, recebe políticos de todos os quadrantes. Aliás, quase todos eles seguem a regra da casa e deixam-se fotografar, à mesa ou com um dos proprietários,CLIENTE JOSE EDUARDO MONIZ ONDE PASSA AS TARDES EM REUNIOES COM ANGOLANOS para posterior imortalização nas paredes de uma das várias salas de refeição. Os filetes de peixe-galo com arroz de feijão malandrinho (€26) ou o cabrito no forno à Monção com batata assada e arroz no forno (€23,50) são algumas das razões da carta que convence os políticos nacionais, se bem que a carta do Solar dos Presuntos, elaborada essencialmente com pratos típicos da gastronomia portuguesa, tenha igualmente conquistado proeminentes figuras da política internacional, bem como das artes, do desporto e do espetáculo. Rua das Portas de Santo Antão, 150, Lisboa. Tel. 213 424 253
Café do Paço
Com legitimidade, pode dizer-se que esta casa é a herdeira do mítico Pedro V, na rua com o mesmo nome no Príncipe Real, em Lisboa. Aliás, um dos sócios do Café do Paço é Joaquim Antunes, igualmente um dos gerentes do já demolido bar, maioritariamente frequentado por elementos do Partido Socialista. A FAUL, Federação da Área Urbana de Lisboa, era ali perto e António Costa costumava frequentar a casa depois das reuniões. Mantém o mesmo hábito, apesar da mudança da localização. Os bifes, à Paço, com alho ou três pimentas são a escolha habitual. O mais pedido é o do lombo (€18,90), seguido dos pastéis de bacalhau com arroz de tomate (€11,80). Rua Paço da Rainha, 62 A, Lisboa. Tel. 218 880 185
Solar dos Duques
A primeira refeição de Pedro Passos Coelho após as eleições de 2011 - ainda antes de tomar posse como Primeiro-ministro - foi neste restaurante. Tinha derrotado José Sócrates na véspera e, garantem, era visível a satisfação da vitória no rosto do líder do PSD. Desde esse já longínquo dia 6 de junho que poucas foram as vezes que Passos Coelho voltou a Campo de Ourique. Os novos afazeres não lhe permitem refeições fora com a frequência de antigamente. Não se cruza, por essa falta de tempo, com adversários políticos como Jaime Gama, antigo ministro e Presidente da Assembleia da República, que ainda esta semana lá jantou. A carta apresenta grelhados e especialidades da gastronomia tradicional. O bife do lombo no churrasco é um clássico (€16). A garoupa cozida ou grelhada são outras das escolhas possíveis. (€16). Rua Almeida e Sousa, 58 B, Lisboa. Tel. 213 872 674
Gambrinus
A 14 de julho de 2016 comemoram-se os 80 anos do Gambrinus, verdadeira instituição gastronómica de Lisboa, por onde qualquer político já passou, pelo menos uma mão cheia de vezes. O horário alargado, a localização mesmo em frente ao Coliseu dos Recreios, a qualidade dos produtos servidos e o facto de ser igualmente procurado pelo mundo das artes, fazem desta uma casa onde a política janta com assiduidade. A Barra, que é como quem diz o balcão, serve de ponto de encontro, de local de espera e de princípio de noite. Há pratinhos de presunto "Pata Negra" a €24 e os incontornáveis croquetes (€2 cada unidade). Pedro Passos Coelho e Paulo Portas já foram vistos com Francisco Pinto Balsemão, mas nunca os três ao mesmo tempo. Rua das Portas de Santo Antão, 25, Lisboa. Tel. 213 421 466
Adega Tia Matilde
A 23 de outubro, no discreto mas central Bairro do Rego, em Lisboa, entravam pela mesma porta para almoçar António Costa, Pacheco Pereira e Lobo Xavier. Vinham acompanhados por Carlos Andrade e ainda por António José Teixeira, diretor da SIC Notícias, e por Jorge Coelho. Ultimaram-se os detalhes, na longa refeição, da saída de António Costa do programa Quadratura do Círculo, para se dedicar à caminhada eleitoral que chega ao fim no próximo domingo. Será provável que da ementa tenha constado o arroz de frango à Tia Matilde (€15,50), uma cabidela que é o ex-líbris da casa. Em 2009, pelo menos, o então Presidente da Câmara Municipal de Lisboa já por lá tinha passado. António Costa ofereceu nesse ano a Medalha de Mérito Municipal, grau ouro, ao restaurante. Pela vasta sala da Adega Tia Matilde já passaram políticos de vários quadrantes, se bem que o restaurante era famoso por ser a segunda casa de um "monarca". Eusébio tinha lá uma mesa sempre reservada e, ainda hoje, a mesa contínua guardada para o rei. Rua da Beneficência, 77, Lisboa. Tel. 217 972 172
Pabe
Chamam-lhe uma espécie de cave só para homens e não andam muito longe da verdade. Discreto, em pleno centro da cidade, este restaurante ganhou notoriedade junto da classe política graças, precisamente, pela proximidade com a sede de então do jornal Expresso. Por essa razão, foi natural a escolha do espaço para receber reuniões e ser palco de entrevistas para o semanário. Marcelo Rebelo de Sousa gostava de por lá passar. Francisco Pinto Balsemão ainda hoje lá vai, em especial à hora do almoço. O chefe recomenda a concha de marisco gratinada (€12), as ovas de robalo em molho Vilão (€10) e o robalo do anzol grelhado com molho Tártaro (€24). É dos poucos locais onde se encontra rim de vitela com espargos (€16). Se optar por jantar à quinta-feira é possível que encontre Daniel Proença de Carvalho, não à mesa, mas de guitarra nos braços. O advogado ensaia no Pabe com a sua banda de Jazz. Rua Duque de Palmela, 27 A, Lisboa. Tel. 213 537 484
BISTRÔ4
A constatação foi recentemente publicada nas páginas do Expresso: "Há um local discreto, no centro de Lisboa, que se está a tornar um dos spots mais in da cidade para almoços entre gente da política e arredores" esse local é o restaurante do novo hotel PortoBay Liberdade onde, em apenas uma semana, foram vistos em mesas separadas, "o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, os ex--ministros do PSD José Luís Arnaut e Luís Filipe Pereira, o antigo ministro socialista Luís Amado, e ainda Luís Paes Antunes (ex-secretário de Estado da Segurança Social) e José Eduardo Moniz". O facto do antigo secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade ser o anfitrião pode pesar na escolha, mas a criatividade do chefe Benoît Sinthon ajuda à decisão. Destacam-se na carta da estação, o peixe da costa em crosta de gremolata, alcachofras e legumes (€18.50) e a barriga de leitão crocante, quinoa com frutos secos e molho de mostarda em grão (€19). Rua Rosa Araújo, 8, Lisboa. Tel. 210 015 700
Café de São Bento
O difícil, no caso deste restaurante, é descobrir alguém com a mínima importância na política, ou pretensões a sê-lo, que nunca tenha cruzado as portas do Café de São Bento. A localização, mesmo ao lado da Assembleia da República, torna-o ponto de paragem obrigatório, seja para um petisco ao fim de um dia de trabalho, seja para um jantar, onde o bife da casa é o centro da refeição. Há o bife à Café de São Bento, já apelidado de melhor bife de Lisboa, do lombo (€23,40) ou da vazia (€18,60). Todos acompanhados por batatas fritas muito finas com a opção de ovo a cavalo. Nos 34 anos que leva de portas abertas já presenciou muitas alianças, acordos de incidência parlamentar e conspirações, com ou sem efeito, dada a proximidade com um dos palcos maiores do poder. Rua de São Bento, 212, Lisboa. Tel. 213 952 911
Vela Latina
Desde que abriu as portas, já lá vão 27 anos, que este restaurante se tornou conhecido como o "restaurante do poder". As salas privadas e a vista desafogada para o Tejo fazem do Vela Latina um escritório perfeito, o que terá contribuído para que António Guterres ali tenha realizado um Conselho de Ministros, quando era primeiro-ministro. Durão Barroso aprecia os filetes de pescada com risotto de berbigão (€22,50), Manuela Ferreira Leite, Jorge Coelho e Basílio Horta são presenças habituais. Aliás, a presença de políticos é tão comum que há mesas que já receberam os nomes dos frequentadores habituais. O militante Nº 1 do PSD, Francisco Pinto Balsemão, é um deles. Marques Mendes já vai na segunda mesa. A primeira era em zona de fumadores. O poder internacional também passou pelo Vela Latina. Xanana Gusmão, Ramos Horta e Kumba Ialá, ex-presidente da Guiné Bissau são clientes frequentes. Doca do Bom Sucesso, Lisboa. Tel. 213 017 118
Olivier Avenida
No mesmo dia, é possível observar, à hora de almoço, cruzarem a sala o Ministro da Economia, António Pires de Lima ou o advogado e antigo ministro, Nuno Morais Sarmento. Tudo sob o olhar pouco atento de Welwitschia José dos Santos, filha do presidente de Angola, e mais conhecida como "Tchizé". A localização central e ao mesmo tempo discreta do restaurante, no hotel Tivoli Jardim, e o estacionamento à porta, fazem com que este seja um local procurado pela elite política, bem como pelos homens fortes do direito e da economia. Há serviço à lista, pratos do dia e snacks de luxo ao balcão. Os mais pedidos são a trilogia de mini-hambúrguers, um americano, outro de Foie Gras e outro português, pelo preço de €29. Hotel Tivoli Jardim, Rua Júlio César Machado, 7, Lisboa. Tel. 213 174 105
Há acordos e separações, pequenas e grandes traições e até governos que caem, à mesa do restaurante, de faca e garfo na mão. Os bastidores da política também passam pelas salas mais ou menos privadas da restauração nacional.
Por Fernando Brandão, com Paulo Brilhante
Desde sempre que os restaurantes andam de mãos dadas com a política. Em jantares oficiais ou em almoços de trabalho, a política nacional também se faz à mesa. Há estratégias afinadas antes das entradas, acordos brindados com vinhos e champanhes e derrotas amargas atenuadas com digestivos depois da sobremesa. Cada político tem um ou vários restaurantes onde se sente em casa. São tratados com discrição e, em muitas situações, já nem para a carta olham porque a casa sabe muito bem o que mais lhe agrada. Conheça a seguir os locais onde os políticos que vão a votos nestas eleições metem a cruz, na hora de escolher onde almoçar ou jantar.
Solar dos Presuntos
Não é grande segredo que esta casa, perto do Coliseu dos Recreios, na baixa da Lisboa, recebe políticos de todos os quadrantes. Aliás, quase todos eles seguem a regra da casa e deixam-se fotografar, à mesa ou com um dos proprietários,CLIENTE JOSE EDUARDO MONIZ ONDE PASSA AS TARDES EM REUNIOES COM ANGOLANOS para posterior imortalização nas paredes de uma das várias salas de refeição. Os filetes de peixe-galo com arroz de feijão malandrinho (€26) ou o cabrito no forno à Monção com batata assada e arroz no forno (€23,50) são algumas das razões da carta que convence os políticos nacionais, se bem que a carta do Solar dos Presuntos, elaborada essencialmente com pratos típicos da gastronomia portuguesa, tenha igualmente conquistado proeminentes figuras da política internacional, bem como das artes, do desporto e do espetáculo. Rua das Portas de Santo Antão, 150, Lisboa. Tel. 213 424 253
Café do Paço
Com legitimidade, pode dizer-se que esta casa é a herdeira do mítico Pedro V, na rua com o mesmo nome no Príncipe Real, em Lisboa. Aliás, um dos sócios do Café do Paço é Joaquim Antunes, igualmente um dos gerentes do já demolido bar, maioritariamente frequentado por elementos do Partido Socialista. A FAUL, Federação da Área Urbana de Lisboa, era ali perto e António Costa costumava frequentar a casa depois das reuniões. Mantém o mesmo hábito, apesar da mudança da localização. Os bifes, à Paço, com alho ou três pimentas são a escolha habitual. O mais pedido é o do lombo (€18,90), seguido dos pastéis de bacalhau com arroz de tomate (€11,80). Rua Paço da Rainha, 62 A, Lisboa. Tel. 218 880 185
Solar dos Duques
A primeira refeição de Pedro Passos Coelho após as eleições de 2011 - ainda antes de tomar posse como Primeiro-ministro - foi neste restaurante. Tinha derrotado José Sócrates na véspera e, garantem, era visível a satisfação da vitória no rosto do líder do PSD. Desde esse já longínquo dia 6 de junho que poucas foram as vezes que Passos Coelho voltou a Campo de Ourique. Os novos afazeres não lhe permitem refeições fora com a frequência de antigamente. Não se cruza, por essa falta de tempo, com adversários políticos como Jaime Gama, antigo ministro e Presidente da Assembleia da República, que ainda esta semana lá jantou. A carta apresenta grelhados e especialidades da gastronomia tradicional. O bife do lombo no churrasco é um clássico (€16). A garoupa cozida ou grelhada são outras das escolhas possíveis. (€16). Rua Almeida e Sousa, 58 B, Lisboa. Tel. 213 872 674
Gambrinus
A 14 de julho de 2016 comemoram-se os 80 anos do Gambrinus, verdadeira instituição gastronómica de Lisboa, por onde qualquer político já passou, pelo menos uma mão cheia de vezes. O horário alargado, a localização mesmo em frente ao Coliseu dos Recreios, a qualidade dos produtos servidos e o facto de ser igualmente procurado pelo mundo das artes, fazem desta uma casa onde a política janta com assiduidade. A Barra, que é como quem diz o balcão, serve de ponto de encontro, de local de espera e de princípio de noite. Há pratinhos de presunto "Pata Negra" a €24 e os incontornáveis croquetes (€2 cada unidade). Pedro Passos Coelho e Paulo Portas já foram vistos com Francisco Pinto Balsemão, mas nunca os três ao mesmo tempo. Rua das Portas de Santo Antão, 25, Lisboa. Tel. 213 421 466
Adega Tia Matilde
A 23 de outubro, no discreto mas central Bairro do Rego, em Lisboa, entravam pela mesma porta para almoçar António Costa, Pacheco Pereira e Lobo Xavier. Vinham acompanhados por Carlos Andrade e ainda por António José Teixeira, diretor da SIC Notícias, e por Jorge Coelho. Ultimaram-se os detalhes, na longa refeição, da saída de António Costa do programa Quadratura do Círculo, para se dedicar à caminhada eleitoral que chega ao fim no próximo domingo. Será provável que da ementa tenha constado o arroz de frango à Tia Matilde (€15,50), uma cabidela que é o ex-líbris da casa. Em 2009, pelo menos, o então Presidente da Câmara Municipal de Lisboa já por lá tinha passado. António Costa ofereceu nesse ano a Medalha de Mérito Municipal, grau ouro, ao restaurante. Pela vasta sala da Adega Tia Matilde já passaram políticos de vários quadrantes, se bem que o restaurante era famoso por ser a segunda casa de um "monarca". Eusébio tinha lá uma mesa sempre reservada e, ainda hoje, a mesa contínua guardada para o rei. Rua da Beneficência, 77, Lisboa. Tel. 217 972 172
Pabe
Chamam-lhe uma espécie de cave só para homens e não andam muito longe da verdade. Discreto, em pleno centro da cidade, este restaurante ganhou notoriedade junto da classe política graças, precisamente, pela proximidade com a sede de então do jornal Expresso. Por essa razão, foi natural a escolha do espaço para receber reuniões e ser palco de entrevistas para o semanário. Marcelo Rebelo de Sousa gostava de por lá passar. Francisco Pinto Balsemão ainda hoje lá vai, em especial à hora do almoço. O chefe recomenda a concha de marisco gratinada (€12), as ovas de robalo em molho Vilão (€10) e o robalo do anzol grelhado com molho Tártaro (€24). É dos poucos locais onde se encontra rim de vitela com espargos (€16). Se optar por jantar à quinta-feira é possível que encontre Daniel Proença de Carvalho, não à mesa, mas de guitarra nos braços. O advogado ensaia no Pabe com a sua banda de Jazz. Rua Duque de Palmela, 27 A, Lisboa. Tel. 213 537 484
BISTRÔ4
A constatação foi recentemente publicada nas páginas do Expresso: "Há um local discreto, no centro de Lisboa, que se está a tornar um dos spots mais in da cidade para almoços entre gente da política e arredores" esse local é o restaurante do novo hotel PortoBay Liberdade onde, em apenas uma semana, foram vistos em mesas separadas, "o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, os ex--ministros do PSD José Luís Arnaut e Luís Filipe Pereira, o antigo ministro socialista Luís Amado, e ainda Luís Paes Antunes (ex-secretário de Estado da Segurança Social) e José Eduardo Moniz". O facto do antigo secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade ser o anfitrião pode pesar na escolha, mas a criatividade do chefe Benoît Sinthon ajuda à decisão. Destacam-se na carta da estação, o peixe da costa em crosta de gremolata, alcachofras e legumes (€18.50) e a barriga de leitão crocante, quinoa com frutos secos e molho de mostarda em grão (€19). Rua Rosa Araújo, 8, Lisboa. Tel. 210 015 700
Café de São Bento
O difícil, no caso deste restaurante, é descobrir alguém com a mínima importância na política, ou pretensões a sê-lo, que nunca tenha cruzado as portas do Café de São Bento. A localização, mesmo ao lado da Assembleia da República, torna-o ponto de paragem obrigatório, seja para um petisco ao fim de um dia de trabalho, seja para um jantar, onde o bife da casa é o centro da refeição. Há o bife à Café de São Bento, já apelidado de melhor bife de Lisboa, do lombo (€23,40) ou da vazia (€18,60). Todos acompanhados por batatas fritas muito finas com a opção de ovo a cavalo. Nos 34 anos que leva de portas abertas já presenciou muitas alianças, acordos de incidência parlamentar e conspirações, com ou sem efeito, dada a proximidade com um dos palcos maiores do poder. Rua de São Bento, 212, Lisboa. Tel. 213 952 911
Vela Latina
Desde que abriu as portas, já lá vão 27 anos, que este restaurante se tornou conhecido como o "restaurante do poder". As salas privadas e a vista desafogada para o Tejo fazem do Vela Latina um escritório perfeito, o que terá contribuído para que António Guterres ali tenha realizado um Conselho de Ministros, quando era primeiro-ministro. Durão Barroso aprecia os filetes de pescada com risotto de berbigão (€22,50), Manuela Ferreira Leite, Jorge Coelho e Basílio Horta são presenças habituais. Aliás, a presença de políticos é tão comum que há mesas que já receberam os nomes dos frequentadores habituais. O militante Nº 1 do PSD, Francisco Pinto Balsemão, é um deles. Marques Mendes já vai na segunda mesa. A primeira era em zona de fumadores. O poder internacional também passou pelo Vela Latina. Xanana Gusmão, Ramos Horta e Kumba Ialá, ex-presidente da Guiné Bissau são clientes frequentes. Doca do Bom Sucesso, Lisboa. Tel. 213 017 118
Olivier Avenida
No mesmo dia, é possível observar, à hora de almoço, cruzarem a sala o Ministro da Economia, António Pires de Lima ou o advogado e antigo ministro, Nuno Morais Sarmento. Tudo sob o olhar pouco atento de Welwitschia José dos Santos, filha do presidente de Angola, e mais conhecida como "Tchizé". A localização central e ao mesmo tempo discreta do restaurante, no hotel Tivoli Jardim, e o estacionamento à porta, fazem com que este seja um local procurado pela elite política, bem como pelos homens fortes do direito e da economia. Há serviço à lista, pratos do dia e snacks de luxo ao balcão. Os mais pedidos são a trilogia de mini-hambúrguers, um americano, outro de Foie Gras e outro português, pelo preço de €29. Hotel Tivoli Jardim, Rua Júlio César Machado, 7, Lisboa. Tel. 213 174 105
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